MICROCRÔNICAS



1

Cedinho saudou-me
na janela um bem-te-vi. “Igualmente”, eu disse.

2

Balé de andorinhas em volta
da catedral. As aves Marias.

3

Zelosa vizinha serve água fresca
à roseira. Regá-la é um regalo.

4

Sujaram meu rio. Ele, que lavava as gentes,
não lavou as mentes.

5

Na folha de amora nutre-se
o bicho-da-seda. A quem vestirá?

6

Chocados os ovos, há o choque
dos seres novos. E a vida prossegue.

7

Meninos de rua. Vem de madrugada
lhes dar colo a lua.

8

Um quase milagre. Há quem de graça
diga ainda: “Amo você”.

  
09

Bolsa de valores. Nem só de ações morre
o homem, mas também de infarto.

10

Gato faz barulho. No telhado ao lado,
ao som do arrulho, pombo e pomba amam.

11

Passa o avião logo atrás do gavião.
Discípulo e mestre.

12

Um homem ao relento no gelado chão.
Passantes passamos.

13

Semente na mão, lavrador de sol a sol
engravida o chão.

14

Pinheiro em pedaços para a fábrica
é levado. Será livro um dia?

15

Poema na praça. Menininha
joga um beijo à flor.

16

Balança o palanque. O peso
na consciência do nobre orador.

 17

Já não posso vê-la. Some a gaivota
no azul. Foi virar estrela.

18

Cocô da andorinha cai justo
em cima da rosa. Lesa-majestade.

19

Dá-me aí, poeta, uma rima para míssil.
– Difícil, difícil.

20

Nasci na montanha. Supunha coubesse
a Terra toda em meu olhar.

21

Aguinha da bica. Pousa o melro,
beberica. Louva a vida. Canta.

22

O amor sempre tem razão.
Mesmo quando, às vezes, erra.

23

Quem nada... tem tudo. Somente os peixes
puderam dispensar a Arca.

24

Banho de rio, bola de gude,
bola de meia. Terra natal.
  
25

Pião da saudade. Roda e pousa
numa era em que era bela a vida.

26

Sofrida goteira, gota a gota a noite inteira.
Chorará por quem?

27

Cantam parabéns. Sopro mais
uma velinha... Mais velhinho estou.

28

Um ato de fé. Lavrador, olhando o céu,
abana o café.

29

Amar é bom à beça. Bastante
e sem pressa. De preferência ao luar.

30

Iça... iça... iça... Devagar vai indo
ao longe o bicho-preguiça.

31

Tá podendo o joão-de-barro. Só ele,
entre a passarada, vive em mansão.

32

Deixa o beija-flor um "selinho"
em cada rosa. E elas gostam... ahhhh.

33

Cada mês que passa vai passando
a ser passado. Nós também, que pena...

34

Um vaso de avenca. Minimíssima floresta.
Mas é verde, é festa.

35

Vai dormir o Sol. Na cabeça da montanha
pendura a coroa.

36

Minhoca e minhoco. Será como
que eles fazem quando estão no choco?

37

Um impasse e tanto: se trabalho,
o canto atrapalho. Nesse caso, canto.

38

Ante o Pão-de-Açúcar, dá as costas
a Lua ao mar. A lei do mais doce.

39

Bem-te-vi faz um rasante, fere ao peito
o gavião. Davi um, Golias zero.

40

Veja a parasita: parece gente
que a gente acha até bonita...

41

Teste de audição. Canta ao longe
um sabiá... e eu posso escutar.

42

Caminhão de lixo. O derradeiro passeio
da gula e do luxo.

43

Tímida peroba. Dá-lhe a orquídea
um leve toque de namoradeira.

44

Passam tartarugas.
Passo... a passo... a passo...

45

Tomara que caia. Ante a malta
salta sobre a poça a moça.

46

Lua nova e meia. Tão crescente,
logo casa, vira lua cheia.

47

Um gato no muro. Vacila entre o gordo rato
e a gatinha enxuta.

48

Um par de rolinhas horas a fio
no fio. Namoro ou fofoca?

49

Chovem meteoritos. Enxame de pirilampos
de noite na roça.

50

De pernas pro ar... Domingo pé de cachimbo
ou pede um sofá?

51

Rua das Palmeiras. Magras, altas, belas,
quais moças nas passarelas.

52.

Na foto antiga, a saudade vestida
de azul e branco. Normalistas, lembra-se?

53.

Asinha quebrada, cata a pombinha
na grama a sobrevivência.

54.

Na agitada esquina o guarda priprila o apito.
Bem-te-vi responde.

55

O tempo soprou e eu de mim em mim sumi.
Ficou-me o não eu.

56

Um cisco no chão. Mas não era
um cisco não, era uma esperança.

57

Levantar cedinho. Mens sana
in corpore sano. Ouvir passarinho.

58

Que coisa gostosa o abraço
quando com saudade é dado...

59

Quem foi que tantas matas
neste mundo derrubou? O pica-pau?...

60

E agora, vovô? – Agora, nas mãos
dos netos, sou que nem ioiô.

61

Rosna a motosserra pondo o verde
ao chão. Planeta morrente.

62

Súbita rajada. Um vento espalhafatoso
alvoroça as saias.

63

Abre e fecha, qual se um livro fosse.
Uma borboleta.

64

Matuto, matuto... chego à sábia
conclusão: que matuto eu sou...

65

Chuva, chuva, chuva. Dá tristeza
quando falta; quando farta, assusta.

66

Nós e os nossos rios, cada qual segue
o seu curso. Reencontro na foz.

67

Morantes na Lua: São Jorge
e o fiel cavalo, mais a solidão.

68

Manhêêê – diz o piá –, trouxe uma flor
pra você. Troco por um beijo.

69

Tinha um pé de pinha no quintal vizinho.
Tinha. Nem quintal tem mais.

70

Na fila de idosos, troca-troca
de sintomas. Quem não tem inventa.

71

Era um frango assado, e além de assado
era assim. Teve à mesa um fim.

72

Luar no sertão. Que falta nos faz Catulo
com seu violão.

73

Goleiro do Galo distrai-se olhando
a perua. Come um baita frango.

74

Tudo bem, poeta. Minha terra
tem Palmeiras, mas sou são-paulino.

75

Falta de aviso não foi. Brincamos
de serra-serra, e o clima endoidou.

76

“Por que não te calas?”, diz a arara
ao papagaio. – Se calo, me peias.

77

Vão-se os amigos... Cada um que a gente
chora deixa mais sozinho a gente.

78

Pai é pai. Para ver Adão contente,
deu-lhe o máximo: a mulher!

79

Infinda é a esperança. Os galos
cantam ainda na aurora de cada dia.

80

Bem-aventurados os que sonham.
Chama-os Deus poetas.

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Maringá
Edição do autor
Primavera de 2011

© Copyleft 2011 Antonio Augusto de Assis
(Autorizo cópia do todo ou de partes,
desde que citem o autor e a fonte)




Repercussão recebida por e-mail:


Que maravilha, mestre Assis! Gostei de tudo, mas amei particularmente a mensagem dos peixes, que puderam dispensar a Arca.
Abração agradecido por tanta beleza e filosofia.
Newton Vieira
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Esse Assis! Sempre inventando novas formas de falar de amor, rs!
José Ouverney
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Meu querido amigo:
As suas belíssimas microcrônicas vieram adoçar o meu dia.
Que primor!
Deus o ilumine sempre, para que você possa nos brindar sempre com novos e  inspiradíssimos “achados”.
Amei!
Destaco, em especial ,as de número 1,13,17,20,41,42,60,63,77,80, que já transcrevi no meu caderno, como as que mais me tocaram,  frutos de uma mente brilhante e sensível  como a sua.
Parabéns por mais esse belo trabalho!
Abraços carinhosos,
Darly Barros
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Meu prezado  poeta:
Recebi. Li. Gostei. Presente para amigos.
Muito obrigada.
Angelica Villela Santo
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Olá, mestre Assis.
Vi, li, reli e gostei. Parabéns, mestre, coisa de quem sabe!!!
Abraços,
Prof. Garcia.
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Recebi e já comecei a degustá-las. Excelentes!!!!!!!!!!!!
Parabéns e um grande abraço ---- Zé Reinaldo
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Oi Assis, um amoreco as suas minicrônicas! Uma observação: Por coincidência, hoje o nosso jornal diário (Cruzeiro do Sul) fala sobre a “palmeirização”de nossas avenidas e traz um trocadilho parecido com o seu. Diz ele: Sorocaba se palmeiriza mas quem iníciou a palmeirizaçãofoi um prefeito corintiano.   
Achei realmente um encanto o seu trabalho. Obrigada, mesmo!
Abraços / Dorothy Jansson Moretti
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Oi Assis. Lindas tuas microcrônicas. Obrigado pelo presente.
Abraços.
Milton Souza
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Caro Assis.
Parabens, amigo mio!!!
Regis Prado
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Marvilha.
Obrigada!
Beijos da
Olga Ferreira
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Gostei muito. Parabéns.
Sônia Sobreira
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Obrigado, Assis.
Excelente
Um grande abraço.
Flávio Stefani
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Oi mestre Assis!
Recebi com prazer as "Microcrônicas". Li e achei muito legal.
Obrigado pelo carinho da remessa.
Abç
João Fráguas
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Sempre querido Tio-Poeta,
recebi seu e-book e encantei-me, como sempre me encanto, com seu canto sucinto, de um bucolismo raro nos tempos virtuais. Parabéns!!!
Tentei as microcrônicas, mas mesmo na tentativa micro, sou prolixa. Não recebi no sangue comum dos Assis, a síntese. Em síntese, viverei invejando meu tio, meu poeta, o que transformou meu nome em doce poema.
Bjs.
Bete, bebete, bernadeth. Bete, bebete, pinta-o-sete!
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Belas crônicas, Assis. Um dia chego lá.
O amigo
Olympio Coutinho
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Parabenzão!!! Li com muita alegria, e a admiração de sempre... Ficou muito chique mesmo!
Abraço, e mil parabéns!
Jeanette
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Que delícia! Obrigada, Assis.
Majô Batistoni
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Obrigado poeta irmão,
Confirmando recebimento.
Belíssimo trabalho.
Saudações!!!
Djalma Mota
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Boa tarde Gutinho!
Somente agora pude ver o imensamente lindo presente que você me mandou.
Estou encantada e emocionada com as suas Microcrônicas!
Aproveito o ensejo para lhe dizer que você é, para mim, o expoente máximo
da trova. Aliás, não só para mim, mas para todos os que o conhecem.
Eu as copiava dos calendários que você mandava para Antonio Roberto.
Fiquei lisonjeada com o seu e-mail. Muitíssimo obrigada.
Grande abraço e mais uma vez obrigada pelo presente.
Maria Lúcia Fernandes
(Nova presidente da Academia Fidelense de Letras)
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Caro Assis
Li sem parar, num só fôlego.
Você não precisa provar que é gênio, mas sempre mostra genialidade quando escreve.
Humor, sensibilidade, pitadas de sacanagem (discretas e espirituosas), consciência ecológica, principalmente amor pela vida, pelo ser humano. Tudo isso está nas microcrônicas.
É a visão do poeta enxergando poesia muito além dos objetos, das ruas, das montanhas, dos bichos e das palavras básicas do dia a dia.
Você, Assis, brinca com as palavras assim como o oleiro dá forma ao barro, assim como o desenhista gasta o lápis.
Vou postar no meu site e encaminhar para os amigos.
Sucesso sempre, amigo!
De Paula
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QUE LINDEZA!! AMEI!! LINDO MESMO....
A CARA DO ASSIS!! PARABENS!!

bjsssssssssssssssssssssssssssssssssssssssssss

Lisa.lis.elisabeth
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Amigo, que fartura de beleza!   Parabéns!
Deus o abençoe.  Abraços. 
Ruth Farah
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Muito bom, Assis, parabéns!
Belíssimo trabalho.
Fraterno abraço
Benedita Azevedo
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Recebi e li com muito gosto e alegria!
Criatividade e capacidade de síntese se aliaram,
e o resultado foi essa beleza toda.
Grande abraço.  
Neumar Godoy
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Recebi o Microcrônicas.
Muito obrigada, parabéns, muito bom,
muito bom mesmo, amei!
Neiva Fernandes
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Querido Assis,
Rapidamente li suas MICROCRÔNICAS, achei fantásticas.
Novamente as lerei demoradamente, saboriando tudo
e aprendendo com meu MESTRE ASSIS.
Forte abraço,
Arlene Lima
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Assis, recebi e agradeço. Já as li e achei interessanteíssimo,
pensamento sintético, condensado. Uma obra de arte!
Parabéns!
Julia Heimann
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Prezado Assis
Meus parabéns, como sempre a genialidade se manifesta.
Do amigo,
Nelson Maimone
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Eta compadre!
Superlegal!
Beijos,
Eliana Palma
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Maravilhosas as microcrônicas!!!
Muito obrigado  por poder lê-las.
Abraço.
Basílio Baccarin
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Oi Assis, você sabe brincar com as palavras e trazê-las assim, cheias de frescor e encanto até nós.
Manuel de Barros escreveu um poema sobre um menino que descobriu que podia fazer peraltagens com as palavras.
“…A mãe falou:
-Meu filho, você vai ser poeta!
Você encherá os vazios com as suas peraltagens,
e algumas pessoas vão amá-lo por seus despropósitos”.
É mesmo, Assis. Amamos você.
Nilsa Alves de Melo
-----------------------------
Recebemos e já desfrutamos e estaremos repassando para amigos e parentes.
Parabéns pela edição
Abraços
Luiz Carlos e Cecy de Assis
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Parabéns Mestre dos Mestres.
Muita reflexação registrada, entre as quais a que registro:
Sujaram meu rio. Ele, que lavava as gentes,
não lavou as mentes.
Agostinho Rodrigues
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Caro Assis...recebi e agradeço. Parabéns pelo trabalho poético inigualável.
Até sempre
Edmar Japiassú Maia
---------------------
Recebemos, já desfrutamos e estaremos repassando para amigos e parentes.
Parabéns pelo belíssimo trabalho.
Abraços
Luiz Carlos e Cecy
----------------------
Mestre Assis,
Pelas suas "Microcrônicas", receba os nossos sinceros "megabraços".
Muito boas, excelentes, sinto isso já pela primeira e rápida vista d'olhos.
Você é muito bom, meu caro!
José Fabiano e Meirezinha
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Meu prezado Mestre Assis, a microcrônica\haicai da “visão da montanha” é de encher os olhos e inundar o coração. Abraços. Héron Patrício
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Olá, Assis, acuso recebimento de microcronicas; adorei todas elas; parabéns.
Sônia Martelo
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CARO ASSIS
FIQUEI ENCANTADA COM SUAS  80 MICROCRÔNICAS.
ISSO É QUE  É  ARTE!....  DIZER O MÁXIMO COM O MÍNIMO DE PALAVRAS!!...   PARABÉNS!!!......
       ABRAÇOS MEUS E DO JULIO.
       ROZA DE OLIVEIRA
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Olá, Assis! Belíssimas... Quanta sabedoria! Que olhos observadores! Que facilidade de síntese! Preciso abrir mais os meus olhos para ver se consigo enxergar um pouquinho daquilo que você vê com tanta facilidade! Será que vai dar tempo? Parabéns a você, mas o presente foi meu.
Abraços.
Marina Valente
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Olá, amigo Assis
Lindas! Lndas!
Abraços
Angela Stefanelli
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A.A.Assis
Nunca tinha visto algo semelhante. Adorei as microcrônicas.
Lembram haicais, mas são mais bonitas.
Vou imprimi-las
.Grata pelo envio.
Abraços.
Ester Figueiredo
----------------------
Caro Assis: Acuso recebimento de tuas microcrônicas. Muito grato!  Num relance,  já percebo que a beleza dos dísticos ultrapassa, em poder de concisão,  teus excelentes triversos.  Vou lê-los todos com carinho, mas já gostei demais do 14:  “Pinheiro em pedaços para a fábrica é levado. Será livro um dia?”. Abraços. Renato Alves

CONFIRMO RECEBIMENTO DAS MARAVILHOSAS MICROCRÔNICAS.
FOI UM ENORME PRAZER RECEBÊ-LAS.

GRANDE ABRAÇO. PAULO ASSIS
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Assis,
Microcrônicas inspiradíssimas! Parabéns!
Grande abraço,
Wanderlino Leite
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Microcrônicas chegaram, gostei demais e agradeço!
Abraços. Carolina Ramos
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Obrigada Assis pelas microcrônicas, beleza pura...!!!
Abraço.
Vânia Ennes
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Simplesmente fantásticas as suas microcrônicas! Lindas e valiosas!
Devia publicá-las para que pudessemos tê-las impressas.
Vânia Figueiredo
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Obrigada, Mestre.
Lindas mensagens!
Sinclair Casemiro
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Assis:
Adorei!
Como sempre, sua criatividade, inspiração,
sensibilidade impressionam.
Você não é um só... é plural!
Abraços e parabéns.
Obrigada pelo seu e-book.
Adélia Woellner
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Parabéns, caro poeta e amigo, por sua genial criação! Gostei muito,
principalmente do recado ao Poeta que canta Palmeiras para quem é  do São Paulo!
Grande abraço,
amilton maciel monteiro
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Recebi e li com grande com prazer.
Muito bem bolado. Parabéns!
Francisco Pessoa
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Obrigado, Assis, pelas MICROCRÔNICAS.
São lindas!
Grande abraço,
Ari Campos
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Oi, Assis, foram originalmente haicais, certo? Vê-se pela métrica embutida. Não vejo problema nem de lê-los sob a forma de haicai (3 versos de 5-7-5) nem de vê-los sob a forma de prosa poética. Gosto dessas construções e desconstruções, desse "jogo" de "experiências", de tentativas de buscar formas diferentes para dizer a mesma coisa. Em essência, está presente seu requintado lirismo, seu fino humor, sua sensibilidade para lidar com a linguagem (os jogos de palavras, etc. etc.). Haverá os que acharão que não é haicai, se na forma dos "triversos", por não seguirem certos cânones; haverá os que não considerarão "microcrônicas", se perceberem os versos embutidos nelas.
Eu, que procuro não me importar muito com a rigidez das classificações em arte (pelo menos tento), acho muito lindo seu trabalho. Parabéns.
Abraços.
Lena (Jesus Ponte) (Rio de Janeiro, haicaísta e professora de literatura))

Em haicais ou crônicas,
Assis brinca, pinta o sete.
É certo: faz arte!
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Assis, as microcrônicas são como as microorquídeas: uma joalheria preciosa!
Dirceu Galdino (Maringá, advogado e escritor)
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Oi, Jeanette,
Muito obrigada pela deliciosa lembrança! Penso no Assis e me ligo no
Mário Quintana! Tem muito Quintana no Assis! As crônicas são de um
ternura ímpar! Um descanso para a alma! Parabéns por disseminar esse
trabalho!
 Bj
Ana Cristina Hintze

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Meu caríssimo Assis, acho que estou ultrapassado no tempo e no espaço.
Sobrevivo de escrever editoriais e crônicas, busco uma linguagem
leve, popular, para que os leitores a entendam, embora apimentadas
metáforas cheguem a quem precisa delas. Mas é um segredo entre mim e os
alvos.
Li, reli e arquivei suas "microcrônicas". Nunca vi nada igual. Existe
mais alguém que consiga, ao mesmo tempo, escrever crônica e poema com
apenas duas linhas? Gostaria de saber para me atualizar. Ainda que vc
queira escrever uma crônica, não conseguirá esconder seu aguçado
espírito de poeta e de observação do que se passa à sua volta, o que
para muitos representa nada. Para dizer uma coisa pequena uso palavras
aos montões que se perdem no espaço. Ao contrário, você consegue dizer
coisas grandes em poucas palavras. As palavras que são escritas nas
suas microcrônicas nos levam a imaginar o grandioso cenário que elas
descrevem. Isso é fazer a gente pensar!
Um forte e saudoso abraço amigo do
Evando Salim (Cambuci-RJ, professor de língua portuguesa e jornalista)
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Que leitura leve e prazerosa!

Esse  tipo de literatura que você está lançando é muito ao gosto da pressa desses novos tempos. É como um twitter poético. 
Você tem  poderes extraordinários de cativar a todos com os seus trabalhos e com o seu jeito de ser, exercendo sobre nós, pobres mortais, um fascínio irresistível.
Parabéns mestre!
Eliana Jimenez
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